sábado, 16 de abril de 2011

Um homem inteligente falando das mulheres

"Tenho apenas um exemplar em casa, que mantenho com muito zelo e dedicação, mas na verdade acredito que é ela que me mantém.
Mulher vive de carinho. Dê-lhe em abundancia. É coisa de homem sim, e se ela não receber isso de você vai pegar de outro.
Beijos matinais e um 'eu te amo' no café da manhã as mantem viçosas e perfumadas durante todo dia. Flores tanbém fazem parte de seu cardápio - mulher que não recebe flores murcha rapidamente e adquire traços masculinos como rispidez e brutalidade.
Respeite a natureza. Você não suprta TPM? Case-se com um homem. Mulheres menstruam, choram por nada, gostam de falar do próprio dia.
Não faça sombra sobre ela. Se você quiser ser um grande homem tenha uma mulher ao seu lado, nunca atrás. Assim, quando ela brilhar, você vai pegar um bronzeado. Porém, se ela estiver atrás, você vai levar um pé-na-bunda.
Aceite: mulheres têm luz própria e não dependem de nós para brilhar.
O homem sábio alimenta os potenciais da parceira e os utiliza para motivar os próprios. Ele sabe que, preservando e cultivando a mulher, ele estará salvando a si mesmo.
É, meu amigo, se você acha que mulher é caro demais, vire gay. Só tem mulher quem pode!"

Luiz Fernando Veríssimo

terça-feira, 12 de abril de 2011

As pessoas acontecem, por Corra Mary

As pessoas acontecem em nossas vidas. Elas não são chamadas, elas não pedem licença. Elas simplesmente acontecem.

E eu tenho medo das pessoas acontecendo e desacontecendo dessa forma louca que não consigo controlar. Tenho medo de quando elas acontecem e acontecem de forma linda, porque já penso no dia em que elas desacontecerão. E isso dói.

Penso no dia em que elas morrerão, e isso dói. Penso no dia em que a vida as levará embora inconscientemente, e isso dói. Penso no dia em que elas escolherão ir embora, e isso dói ainda mais. Porque dói quando alguém escolhe ir sem você deixar. E quem é você para achar que deve assinar embaixo a permanência ou a ausência de alguém?
As pessoas ficam e vão quando querem, e isso dói. A escolha que não é minha, me afeta, e no final dói.

A vontade de querer que alguém fique, e raspar com a colher bem no fundo de tudo o que você é e tem a oferecer, vem também carregada do medo de que essa vontade possa ser tão grande, tão gigantescamente cheia de responsabilidades que essa pessoa não se sinta capaz de segurar, e que justamente essa sua linda e sincera vontade, seja a culpada por afastar aquela pessoa. Porque é natural do ser humano fugir quando se sente ameaçado.
E quer ameaça maior do que ter a responsabilidade de um outro alguém?

É tão difícil cuidar de nós mesmos, fazer escolhas certas e inteligentes, que é assustador demais imaginar em ter que fazer tudo isso por outra pessoa. E ainda com o agravante de que se você erra com você, tudo bem, ok, você consegue lidar com a sua própria dor. Mas e quando o erro é na vida de outro? Você pode cuidar da felicidade, mas nunca será capaz de cuidar da dor de outro alguém.

Então eu abaixo a cabeça e aceito que a vida é mesmo uma grande filha da puta, uma mãe sádica que dá e tira as coisas mais lindas de seus próprios filhos: Eles mesmos. Uns aos outros. Com a missão de que escrevam logo suas histórias, porque tem uma data de validade a ser respeitada, e que quando a data de cada um chega, não tem lamentação que amoleça o coração da Sra. Vida. Ela tira, ela afasta, ela não avisa.

A vida, assim como toda mãe, não quer ensinar seus filhos a amar. Todo mundo sabe amar. Mesmo que ame errado, mesmo que ame torto. Ainda é amor. A vida quer ensinar a perder. E para isso, talvez sejam necessárias várias outras vidas para finalmente aprender.